A telefonista Sônia da Costa Lima Pereira, 60 anos, que obteve uma indenização porque teve os seios retirados por cirurgia sem consentimento, afirmou ao G1 que "foi feita justiça".
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta quarta-feira (28) que o plano Ulbra Saúde, do Rio Grande do Sul, pague a ela R$ 120 mil de indenização. A reportagem entrou em contato com o departamento jurídico da Ulbra Saúde e aguarda resposta.
A telefonista relatou as dificuldades que passou a ter logo após a cirurgia, feita há oito anos. Segundo ela, o médico não a procurou para contar sobre a retirada dos seios. A notícia teria sido dada pela mãe da paciente.
“Fiquei em estado de choque por três meses. Lembro de pouca coisa daquele dia. Depois da decisão, fiquei de alma lavada. Quando eu entrei com o processo foi para buscar justiça. Passei por um caos e queria que isso tivesse punição”, afirmou.
Ela contou que, com a retirada das mamas, teve de enfrentar diversos problemas pessoais e profissionais.
“Perdi minha loja e, depois desse tempo todo, só consegui trabalho há dez meses, como telefonista de uma transportadora. Fiquei com muitas dívidas e me separei do meu marido”, afirmou.
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